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Desafios e tendências do setor farmacêutico

O uso da tecnologia como aliada para o impulsionamento dos negócios em todos os setores do varejo tem sido uma tendência estratégica bastante adotada, acima de tudo, pelas drogarias e farmácias espalhadas pelas principais cidades brasileiras (presente principalmente nas grandes franquias). Os gestores desse mercado se beneficiam de seus recursos quando aplicados em suas lojas físicas ou e-commerces, melhorando cada vez mais a experiência do cliente durante a sua jornada de compra.

O período forte da pandemia (durante o isolamento social) fez com que os empresários do setor farmacêutico percebessem a sua importância e dirigissem seus investimentos na digitalização e nas vendas on-line para atender o crescimento da demanda de seus clientes que adquiriam medicamentos no ambiente digital e os recebiam pelos serviços de delivery. O que parecia nesse momento uma demanda pontual, em uma situação de emergência, logo consolidou-se como uma tendência que veio para ficar.

De acordo com o Relatório Varejo 2022 (realizado pela KPMG), 61% dos clientes acreditavam que os lojistas do setor deveriam continuar oferecendo a mesma flexibilidade multicanal que forneceram durante a pandemia. Em contraste, 98% dos varejistas brasileiros planejavam investir em seus sistemas tecnológicos para aprimorar ainda mais o seu atendimento ao cliente.

Quais são os desafios e as principais tendências do setor farmacêutico para o segundo semestre de 2023?

Buscar novas formas de atendimento ao cliente, investir cada vez mais no digital e contar com uma tecnologia que contribua significativamente para a boa performance do setor farmacêutico é um dos desafios que os gestores têm para a segunda metade de 2023. Conheça, a seguir, algumas soluções apontadas como tendências para o crescimento desse setor:

– Gerenciamento de dados para as farmácias

Antigamente, o varejista do setor farmacêutico só conhecia seus clientes por meio de uma conversa rápida no balcão da loja e na hora do pagamento no caixa. Hoje, com o uso da tecnologia de ponta, já é possível conhecer bem sua clientela por meio de dados unificados, obtendo assim uma visão 360º da jornada de compra do cliente e saber, por exemplo, quais são os medicamentos ou os itens que mais despertam seu interesse (durante o relacionamento com a sua empresa).

Esse gerenciamento eficaz de dados se apresenta como uma das fortes tendências para o setor farmacêutico neste segundo ciclo de 2023. Conforme uma pesquisa conduzida pelo MIT, de 80% a 90% dos dados recolhidos pelas empresas de varejo não são bem estruturados, ou seja, não contam ainda com a tecnologia adequada para serem analisados e, dessa forma, fica quase impossível para seus gestores traçar estratégias otimizadas e aplicar modelos de “business intelligence” a eles. A previsão é que o investimento global em análise de dados pela indústria farmacêutica cresça 27% (para US$1,2 bilhão) até 2023, de acordo com o estudo do portal Pharmaceutical Commerce.

2. Sistemas em modelo “cloud”

Cada vez mais, os sistemas em nuvem (ou “cloud”, como também são chamados) têm sido adotados pelas farmácias e drogarias, pois são mais práticos e acessíveis do que os modelos “on premise”, ou seja, aqueles que são instalados presencialmente nas máquinas.

Segundo o estudo “Cloud Computing in Pharmaceutical Industry Market”, da consultoria “Strait Research”, os sistemas “cloud” são uma forte tendência no setor e os investimentos globais nessa tecnologia deverão atingir US$59,3 bilhões até 2030. A adoção dessa tecnologia, em lojas físicas ou no e-commerce possibilita aos estabelecimentos farmacêuticos a aceitação de diversos métodos de pagamento.

3. Inteligência Artificial (IA) aplicada ao setor farmacêutico

Hoje, já é facilmente observado um forte crescimento da aplicação dos recursos da IA no setor farmacêutico, oferecendo aos consumidores de medicamentos e dos demais itens que compôem o mix de farmácias/drogarias, um atendimento ao cliente cada vez mais automatizado e personalizado em seus canais de compra on-line (servindo também para a análise de grandes volumes de dados).

Segundo um levantamento do hub digital “Biospace”, o valor da Inteligência Artificial no setor farmacêutico deverá atingir, globalmente, US$9,24 bilhões em 2030 (um considerável avanço em comparação aos US$905 milhões verificados em 2021).

4. Investimento em canais alternativos

Os PDVs estão aí expandindo sua presença física e não devem desaparecer. Porém, uma das tendências mais marcantes no mercado farmacêutico é a variação de canais. Indústrias e varejistas investem em pontos de contato da marca com seus consumidores. Hoje, farmácias e drogarias atendem por meio de lojas virtuais próprias e marketplaces, televendas, WhatsApp, convênios, entrega agendada, programas de benefícios e lembretes automáticos sobre medicamentos recorrentes para seus clientes.

5. Engajamento maior no canal mobile

De acordo com o Relatório Varejo 2022, 50% dos consumidores passaram a usar aplicativos de compras com mais frequência durante o período da pandemia, com um aumento significativo de 43% em relação a 2020. A previsão é que esses aplicativos de compra continuem como uma forte tendência em 2023.

Por isso, é fundamental que o setor farmacêutico invista em soluções tecnológicas práticas e eficientes para as compras realizadas via smartphones. Vale também destacar que os aplicativos de mensagens podem se constituir em excelentes aliados para as vendas de farmácias e drogarias, através de soluções como o “pay by link” (ou “link de pagamento”).

On-line ou offline, o mercado farmacêutico vem expandindo seus horizontes e ampliando a distribuição de seus produtos em PDVs físicos e digitais, com uma entrega da experiência do cliente cada vez mais aprimorada. Isso não só permite que várias demandas sejam resolvidas em um único lugar (como a aferição de pressão, aplicação de injetáveis e realização de testes rápidos), como também oferecem praticidade e eficiência no atendimento ao cliente (com a realização de entregas no mesmo dia, compras programadas e novas formas de pagamento).

A Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) divulgou que o autoatendimento já representa 47% das vendas em farmácias. Devido a isso, os gestores do setor farmacêutico devem estar atentos a esse movimento que deve crescer ainda mais em 2023. É imprescindível que farmácias e drogarias busquem prestar um atendimento mais humanizado e centrado no “paciente”. Transformar esses estabelecimentos em “hubs de saúde”, com vínculos fortes com a comunidade onde estão inseridos, é uma boa forma de garantir isso. A Orange oferece as melhores soluções para a melhoria do seu atendimento ao cliente, incrementar as suas vendas e impulsionar ainda mais os seus negócios.