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Aprenda com o Itaú a usar o erro em favor da inovação

A cultura da experimentação e a cultura da aceitação do erro são elementos imprescindíveis para a totalidade de uma boa cultura de inovação nas empresas. Hoje, as grandes organizações já estão abraçando a ideia de que as falhas também servem para se alcançar caminhos potenciais para o sucesso dos negócios. Afinal, não é possível inovar sem que uma gestão invista em projetos ousados e atitudes diferentes das que estamos já acostumados.

É preciso que os gestores das pequenas, médias e grandes empresas superem o medo do fracasso e apostem cada vez mais em estratégias de negócios que possuam ideias que sejam corajosas e em novos experimentos. Muitas dessas iniciativas poderão ser propensas ao fracasso, mas é fato também que alguns grandes sucessos e valiosas lições serão alcançados, compensando assim as dezenas de coisas que por ventura não tenham funcionado bem no caminho.

Durante o IT Fórum X, executivos bem sucedidos do mundo corporativo brasileiro abordaram o tema “Tentativa e Erro nas Organizações”, mostrando como isso é visto por seus gestores e qual a real aplicabilidade dessa prática em projetos voltados para a inovação.

Itaú: um bom exemplo de crescimento quando se busca o caminho da inovação

Entre eles, o Superintendente do Itaú Unibanco e cofundador do Espaço Cubo, Pedro Prates, disse ao público presente que muitas empresas têm medo de errar, ainda mais quando estão gerando resultados: “Este é um conceito que os gestores das empresas têm enraizadas em suas tomadas de decisões. Mas, para crescer, é necessário pensar e agir diferentemente de como se está acostumado (e isso proporciona o erro)”.

Como em um laboratório de química, é fundamental que analisemos e combinemos elementos distintos e de maneiras diferentes das tradicionais. As descobertas e criações só podem ser feitas se nos aventurarmos no desconhecido, aceitando e compreendendo os erros durante nesse caminho. É importante entender que devemos valorizar o aprendizado feito com base no erro para acelerar os acertos nas futuras inovações desejadas.

“Para o Itaú crescer, foi preciso fazer algo que não sabíamos bem. Foi tendo pequenos erros que aprendemos com os resultados”, pontuou Pedro Prates. E continuou ainda: “Principalmente nos níveis mais altos do Itaú, foi absolutamente necessário entender a cultura do erro, pois não errar pode ser um erro maior ainda”.

Integração de startups nas empresas: parcerias que apontam para a inovação?

Os executivos presentes nesse evento também comentaram que para o erro rápido e barato fazer parte da cultura corporativa em grandes empresas se faz necessário existir uma ação conjunta. E essa cultura do erro ficou ainda mais evidente com as startups que, normalmente, a praticam de forma rápida e barata (pois estão ainda tateando novos desafios e não têm grandes orçamentos para persistirem em uma ação sem um grande resultado em vista). Por isso, as grandes empresas estão cada vez mais próximas deste ecossistema.

No entanto essas parcerias nem sempre atingem as expectativas. O Itaú mesmo já teve algumas dificuldades com a integração de startups na empresa. “Em muitos casos as pessoas olham para estas empresas como a solução de todos os seus problemas e isso acaba trazendo grandes frustrações. Novos entrantes podem mudar diversos setores no Brasil, principalmente com cloud e investimento pesado. Pense que 80% das apostas vão dar errado e 20% vão dar certo”, conclui Pedro Prates.

Cubo: um espaço de inovação do Itaú Unibanco

Inaugurado em setembro de 2015, pelo Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint Eventures, o Cubo abriga em seu espaço físico cerca de 1.250 residentes de diferentes segmentos, além das mais de 250 startups presentes na plataforma Cubo Digital.

“Quando se ouve falar desse espaço de inovação, pode-se imediatamente imaginar um monte de startups desenvolvendo novas formas de pagamento, de oferta de crédito ou investimentos. Mas o perfil do Cubo é bem diferente disso: nele, as startups que ganham destaque não são fintechs e estão espalhadas por vários outros segmentos de atuação, como Recursos Humanos, Jurídico, Marketing e Saúde”, conclui Pedro.

A cultura do erro para a inovação: não é a busca pelo erro, mas pelo aprendizado

Há uma frase atribuída para o cientista Thomas Edison que diz que ele não falhou 1.000 vezes antes de inventar a lâmpada, mas sim que ele descobriu 1.000 maneiras diferentes de fazer lâmpadas até que se chegasse, de fato, a melhor solução funcional (que é a origem da lâmpada que utilizamos até os dias de hoje).

Mas, é preciso frisar o termo “diferentes” no parágrafo acima. Ainda que Edison não trabalhasse sozinho (já que ele financiava um laboratório com uma grande equipe de outros inventores), os erros observados não foram exaustivamente repetidos 1.000 vezes de maneira igual como um retrabalho absurdo. O que houve é que aconteceram descobertas de 1.000 variações diferentes entre si de materiais e comportamentos, não totalmente funcionais, da versão do produto que eles realmente almejavam ao final. E o produto desejado só foi alcançado porque as falhas eram registradas e as criações modificadas com base em cada aprendizado e correção anterior. Esse é um ciclo de melhoria contínua que utiliza a cultura do erro e da experimentação.

No mundo informatizado de hoje, nós podemos encontrar diversos relatos, cases e exemplos de diversas inspirações que inovaram e transformaram significativamente os negócios de empresas de destaque em seu mercado de atuação. Dessa forma, se o que desejamos buscar é algo novo e valioso, devemos estar realmente abertos o suficiente para assumir os riscos de experimentar atitudes diferentes e novos processos para gerar então grandes soluções e resultados inovadores.